35 anos de morte - Publicado em 10 de agosto de 2011
Frei Betto fará palestra hoje, no Município de Barbalha, no "II Seminário Frei Tito de Alencar: Vida e Obra"
Na semana em que completa 35 anos da morte do religioso dominicano Frei Tito de Alencar Lima, a cidade de Barbalha, na região do Cariri, promove o Seminário "Frei Tito de Alencar: Vida e Obra", em que homenageia a memória do mártir cearense. O evento, marcado para as 9 horas de hoje, no Cine Teatro Neroly, contará com a presença do escritor e religioso dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o frei Betto, que vai pronunciar palestra sobre "Crise da Modernidade e Espiritualidade" e fará o lançamento do livro "Conversa sobre Fé e Ciência", de sua autoria. O seminário é promovido pelo Instituto Frei Tito de Alencar e Secretaria de Cultura e Turismo do Município, com apoio do Instituto Cultural do Vale Caririense (ICVC).
Para o ex-preso político cratense, Geraldo Alves Formiga, a presença de frei Betto no Cariri é a confirmação dos ideais democráticos de uma geração que foi perseguida pela ditadura militar de 1964. Formiga, que foi preso e torturado nos cárceres da ditadura em Fortaleza, é o único remanescente de um grupo cratense que enfrentou o arbítrio, numa época, segundo afirma, que muita gente descia a calçada para não falar com comunista.
Tanto frei Betto quanto Frei Tito foram ídolos de todos aqueles que empunharam a bandeira libertária no Cariri, lembra o ex-preso político, acrescentando que, "ao recordar as perseguições sofridas, devemos homenagear os velhos companheiros Eloi Teles de Morais, Dr. Raimundo Bezerra e Juvêncio Mariano, entre outros, que morreram sem sentir o gosto da liberdade plena".
Perfil
Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou, em 1982, o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias "Batismo de Sangue". Em 1986, foi eleito "Intelectual do Ano" pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra "Fidel e a religião". Seu livro "À noite em que Jesus nasceu" (Editora Vozes) ganhou o prêmio de "Melhor Obra Infanto-juvenil" de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra "Típicos Tipos - perfis literários" (Editora A Girafa). Dentre sua extensa atuação, atuou como coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero.
Antônio Vicelmo
Na semana em que completa 35 anos da morte do religioso dominicano Frei Tito de Alencar Lima, a cidade de Barbalha, na região do Cariri, promove o Seminário "Frei Tito de Alencar: Vida e Obra", em que homenageia a memória do mártir cearense. O evento, marcado para as 9 horas de hoje, no Cine Teatro Neroly, contará com a presença do escritor e religioso dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o frei Betto, que vai pronunciar palestra sobre "Crise da Modernidade e Espiritualidade" e fará o lançamento do livro "Conversa sobre Fé e Ciência", de sua autoria. O seminário é promovido pelo Instituto Frei Tito de Alencar e Secretaria de Cultura e Turismo do Município, com apoio do Instituto Cultural do Vale Caririense (ICVC).
Para o ex-preso político cratense, Geraldo Alves Formiga, a presença de frei Betto no Cariri é a confirmação dos ideais democráticos de uma geração que foi perseguida pela ditadura militar de 1964. Formiga, que foi preso e torturado nos cárceres da ditadura em Fortaleza, é o único remanescente de um grupo cratense que enfrentou o arbítrio, numa época, segundo afirma, que muita gente descia a calçada para não falar com comunista.
Tanto frei Betto quanto Frei Tito foram ídolos de todos aqueles que empunharam a bandeira libertária no Cariri, lembra o ex-preso político, acrescentando que, "ao recordar as perseguições sofridas, devemos homenagear os velhos companheiros Eloi Teles de Morais, Dr. Raimundo Bezerra e Juvêncio Mariano, entre outros, que morreram sem sentir o gosto da liberdade plena".
Perfil
Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, ganhou, em 1982, o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias "Batismo de Sangue". Em 1986, foi eleito "Intelectual do Ano" pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra "Fidel e a religião". Seu livro "À noite em que Jesus nasceu" (Editora Vozes) ganhou o prêmio de "Melhor Obra Infanto-juvenil" de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra "Típicos Tipos - perfis literários" (Editora A Girafa). Dentre sua extensa atuação, atuou como coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero.
Antônio Vicelmo
Repórter
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